Conheça os magníficos gorilas-da-montanha

23 de agosto de 2018
LPM

A caminhada começa, vamos em direção aos gorilas da montanha. O sangue corre mais rápido, a adrenalina de saber que em pouco tempo se estará frente a frente com tão majestoso bicho. Logo no início da subida ainda não é possível vê-los.

Adentra-se a selva e já nota-se certa presença. As folhas se mexem aqui e ali, e a excitação aumenta. Ouvem-se barulhos e um olhar curioso surge por entre as folhas. Logo outro par de olhos. E de repente, uma família inteira. Ali, no seu próprio tempo, no seu próprio lugar.

Os olhares se cruzam, e o olhar firme e sério do gorila enche o peito de um profundo e intenso respeito. Aqui eles é quem mandam.

Hábitos dos gorilas

Os gorilas andam em bandos, ou melhor, em família. Varia de um par a 40 membros. Porém há um macho dominante que lidera a mantém a posição por anos. Os machos ao atingir a maturidade, em torno dos 12 anos, desenvolvem uma pelagem grisalha em suas costas, de onde vem o nome “silverback”, ou costas prata, na tradução literal.  Eles podem pesar até 200 kg e podem chegar a 1,70 metros quando estão em pé.

Crédito: cristoffercrusell / VisualHunt CC BY

São vegetarianos e comem flores, folhas, raízes, folhas e caules. Menos de 5% de sua alimentação é constituída de insetos, caracóis e larvas.

Preservação

Atualmente estima-se que hajam menos de 900 gorilas-das-montanhas. Eles estão em Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo. A preservação dessa espécie começou com a luta de Dian Fossey.

A pesquisadora mudou-se para a República Democrática do Congo em 1967 e começou sua pesquisa com o gorila-da-montanha. Depois pressionada por conflitos, mudou-se para Ruanda e passou 18 anos estudando os gorilas, e lutando contra caçadores, transformando a conversação da espécie e chamando a atenção do mundo para a importância dessa preservação.

Crédito: Rod Waddington / Visualhunt.com

Em 1970 sua história foi publicada e o que mais chamou a atenção foram as fotos da pesquisadora em perfeita harmonia com os primatas, que até então eram retratados como selvagens e agressivos.

A Netflix fez um documentário sobre o Virunga, que trata-se do Parque Nacional do Virunga, que está situado no Congo, na África. Produzido por Leonardo Dicaprio e indicado ao Oscar em 2015. No filme é possível entender um pouco de como os gorilas sofreram e sofrem por causa da ganância humana.

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