Minas Gerais: Por Trilhos e História

20 de junho de 2019
Suzane Hammer

“Trem de Ferro. Café com pão. Café com pão. Café com pão. Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim. Café com pão. Agora sim. Voa, fumaça. Corre, cerca. Ai seu foguista. Bota fogo. Na fornalha, que eu preciso. Muita força. Muita força. Muita força. Oô…Foge, bicho , Foge , povo, Passa ponte, Passa poste , Passa Pasto , Passa boi , Passa boiada, Passa galho”… 

Manuel Bandeira, esse grande poeta, não poderia traduzir em palavras da melhor maneira o delicioso som de um trem a caminho de seu destino.

Pelas amplas janelas do trem de ferro passam pastos, cachoeiras, montanhas e campos. E da chaminé de sua locomotiva um rastro de fumaça  vai desenhando no céu azul por onde passa. Nuvens fofinhas dizendo: estou passando. No balanço de suas rodas e sobre trilhos estreitos seu barulho se torna música com gostinho de Minas Gerais.

Um delicioso passeio de Maria Fumaça entre São João Del Rei e Tiradentes, se torna uma excursão imperdível que traz de volta ,um pouco da historia das estradas de ferro no Brasil.

Em 1881 foi o ano de sua inauguração, presidida pelo Imperador Dom Pedro II surgiu então “a mais mineira de todas as estradas de ferro”.

Bitolinha é seu nome e a mais de um século transporta turistas e moradores por essas duas cidades, joias preciosas de nossa Minas Gerais.


Café com pão
Café com pão 
Café com pão 
Virge Maria que foi isto maquinista?   
Agora sim 
Café com pão 
Agora sim 
Voa, fumaça 
Corre, cerca 
Ai seu foguista 
Bota fogo 
Na fornalha 
Que eu preciso 
Muita força 
Muita força 
Muita força   
Oô… 
Foge, bicho 
Foge, povo 
Passa ponte 
Passa poste 
Passa pasto 
Passa boi 
Passa boiada 
Passa galho 
De ingazeira 
Debruçada 
No riacho 
Que vontade 
De cantar!   
Oô… 
Quando me prendero 
No canaviá 
Cada pé de cana 
Era um oficiá   
Oô… 
Menina bonita 
Do vestido verde 
Me dá tua boca 
Pra matá minha sede 
Oô… 
Vou mimbora vou mimbora 
Não gosto daqui 
Nasci no Sertão 
Sou de Ouricuri 
Oô…   
Vou depressa 
Vou correndo 
Vou na toda 
Que só levo 
Pouca gente 
Pouca gente 
Pouca gente…

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